edição especial

Exploração Invernal da Mongólia

Com Pedro Gonçalves 15 mar a 01 abr 2025

Parte para o coração da Ásia Central à descoberta do país de Gengis Khan. Outrora subjugada ao domínio soviético, a Mongólia mantem vivas as tradições ancestrais dos povos nómadas e a quietude do culto budista.

Território de cidades austeras e paisagens intocadas, na Mongólia é a Natureza crua que dita a lei, do árido deserto de Gobi, a luxuriantes florestas de coníferas e à infinita estepe. Vive de perto o quotidiano isolado de comunidades nómadas, que te recebem no idílico vale de Orkhon ou nas margens do lago Khovsgol. Conhece as marcas do legado estalinista, a resistência do budismo e as lendas de espíritos sagrados que habitam as montanhas. Uma aventura intensa e de profunda imersão na tradição mongol.


Edição Especial Invernal 

Esta edição realiza-se no final do inverno mongol. É uma fase de transição de estações, o que traz alguma imprevisibilidade, é esperado um clima frio, com temperaturas mínimas que podem rondar os -20ºC. Os ventos também são frequentes nesta época do ano. O terreno estará nevado e os lagos gelados, é uma altura em que não se regista muita precipitação e, embora possa nevar, os céus azuis costumam dominar os dias.


  • Impacto cultural
    Partilhamos várias noites com famílias nómadas, com costumes bastante diferentes aos que estás habituado.
  • Esforço físico
    Viagem com pouca atividade física para além de pequenas caminhadas e deslocações a pé nas cidades.
  • Nível de conforto
    Pernoitamos 11 noites em gers de famílias nómadas. São alojamentos muito simples, sem acesso a duche, com condições de higiene básicas. Nas cidades, os hotéis são confortáveis. Várias deslocações longas (a mais longa de oito horas), em carrinhas privadas, por estradas rudimentares.

15 mar a 01 abr 2025

2100 €18 Dias
Voo não incluído.  Valor indicativo: 1300€

Número de viajantes

2100€ por viajante

Percurso

Dia 1Chegada a Ulan Bator

Bem-vindo a Ulan Bator! O líder de viagem Nomad irá receber-te à chegada. Em Ulan Bator, as tradições ancestrais e o culto budista contrastam com a arquitetura estalinista, herdada do período de influência soviética, e com os traços de modernidade que hoje invadem esta cidade isolada no coração da Ásia Central. Não estranhes se vires um habitante local no seu dia-a-dia envergando orgulhosamente o seu del, um traje tradicional, enquanto passa em frente do Parlamento ou da Bolsa de Valores da cidade. De acordo com o horário da tua chegada, aproveita o tempo para passear, aproveitando os últimos momentos na cidade, antes de partires para o deserto.

Alimentação: -
Dormida: Hotel

Dia 2Gobi: Baga Gazrin Chuluu

Pela manhã, despedimo-nos dos últimos confortos do mundo moderno e deixamos Ulan Bator. Munidos de provisões para vários dias, lançamo-nos rumo ao deserto de Gobi, onde os seus habitantes continuam a viver segundo as tradições nómadas. Passamos pela montanha sagrada de Zorgol Khairkhan, que se acredita ser o lugar de um espírito sagrado bom e onde estão sepultados soldados mongóis perdidos em lutas de outros tempos. A tradição xamânica diz ser proibido pronunciar o nome das montanhas sagradas enquanto as visitamos. Seguimos para região remota de Baga Gazrin Chuluu, uma formação granítica que emerge na extensa planície e onde podemos encontrar as ruínas de um antigo mosteiro budista. Pouco depois, seremos recebidos pelos nossos anfitriões para esta noite, uma acolhedora família do Gobi superior, que estará ainda no seu acampamento de inverno nesta altura. Dormimos nas tradicionais tendas mongóis, os gers, aquecidas pelos caraterísticos fogões a lenha para vencer as baixas temperaturas.

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 3Gobi: Tsagaan Suvarga

Continuamos para o interior do deserto de Gobi, cuja paisagem crua e sem-fim não pára de surpreender. Os grandes camelos asiáticos fazem hoje as suas primeiras aparições. É o seu terreno natural. Para além destes, numerosos rebanhos de cabras e ovelhas poderão estar pastar livremente, se a neve não cobrir totalmente o pasto. É destas cabras que é retirada a fina lã para as roupas de caxemira. Mais tarde, chegamos a Tsagaan Suvarga, onde encontramos um cenário geológico impressionante, cujas colunas verticais de rocha são conhecidas como ‘chaminés de fada’. Nos vales que o circundam, já existiu em tempos um mar interior, do qual restam apenas alguns fósseis. Descobrimos a pé a zona e, de seguida, juntamo-nos a uma família nómada que vive da pastorícia em pleno deserto. Estarão a nascer as primeiras crias pelo que não te espantes se encontrares cordeiros ou cabritos recém-nascidos dentro dos gers para se aqueceram na fragilidade dos seus primeiros dias de vida.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 4Gobi: Dalanzadgad e Bayanzag

Despedimo-nos dos nossos anfitriões após o pequeno-almoço e seguimos viagem. A paisagem é polvilhada de camelos e conjuntos de gers, onde estão alojadas famílias fiéis ao modo de vida nómada, tão característico dos mongóis. Parecem incrivelmente isolados de tudo e de todos, no meio de uma região desértica, no interior de um país que se encontra, ele próprio, muito isolado do mundo. Atingimos o ponto mais a sul da viagem, Dalanzadgad - a capital desta província do Gobi e simbolicamente a capital do deserto. É uma pequena cidade, ventosa e isolada, mas com um carisma muito próprio. Nesta altura do ano, parece ainda mais isolada e faz-nos perceber que estamos realmente num local remoto.

Depois do almoço, despedimo-nos da capital do deserto e realizamos um curto percurso até Bayanzag, onde ficamos a dormir. Foi aqui que, durante o século XX, foram encontrados muitos ovos e esqueletos de dinossauros, que hoje podem ser encontrados no Museu de História Natural de Ulan Bator ou noutros museus espalhados pelo mundo. O cenário é surrealista, de areia e rocha vermelha, provavelmente misturada com o branco da neve e que nos demonstra a diversidade das paisagens do Gobi.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 5Gobi: Dunas Gigantes de Khongoryn

Deixamos a terra dos dinossauros e chegamos às gigantescas dunas de areia de Khongoryn. As dunas estendem-se para além do que a nossa vista alcança, ao longo de cerca de 180 quilómetros de comprimento e várias centenas de metros de altura. E nós temos um desafio para ti: que tal subir ao topo de uma destas dunas? Atreve-te a vencer as baixas temperaturas e a subir na companhia do Pedro e garantimos-te uma visão avassaladora! Se a aventura não te parecer tentadora, podes ficar no ambiente quente do interior do ger a ler um livro ou simplesmente a descontrair antes do jantar.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 6Arvaikheer

Hoje abandonamos o deserto de Gobi, rumo ao norte. É um dia longo de viagem, em que a paisagem se vai transformando à medida que avançamos. Atravessamos as montanhas Arts Bogdyn e entramos na paisagem da estepe mongol. Rios e ribeiros começam também a surgir neste cenário até que chegamos por fim à cidade de Arvaikheer, onde passamos a noite, desta vez num hotel que nos permite alguns confortos inacessíveis nos últimos dias.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dias 7 e 8Vale de Orkhon

Entramos no majestoso vale de Orkhon, classificado pela UNESCO como paisagem cultural. O vale é muito fértil e desde sempre atraiu vários povos que aqui se foram fixando. Ficamos a dormir em gers nas duas noites que aqui passamos, mesmo junto à emblemática queda de água de Orkhon, nesta altura envolta em neve e gelo. Dependendo das condições do dia, o líder Nomad irá desafiar-te para um passeio a cavalo ao longo do vale, num puro sangue descendente das montadas de Gengis Khan. Haverá ainda tempo para um passeio pela margem do rio, cujas águas vão desaguar, muitos quilómetros depois, no lago Baical, na Rússia.

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 9Mosteiro de Erdene Zuu e Karakorum

Despedimo-nos dos nossos anfitriões e percorremos calmamente o gigantesco vale do rio Orkhon, que nos oferce paisagens memoráveis da esteve invernal. Por fim, chegamos ao lugar onde se situava a antiga capital da Mongólia - Karakorum, e hoje se encontra o mosteiro Erdene Zuu, o mais antigo mosteiro budista da Mongólia. No séc. XIII, Gengis Khan decidiu mudar a capital do seu império para este local, embora as construções só se tenham iniciado após a sua morte. Karakorum foi a capital do Império Mongol apenas por 40 anos, pois foi pouco depois mudada para onde é atualmente Pequim.

Seguimos depois para a cidade de Kharkhoryn, encostada à antiga capital, onde nos alojamos no conforto de uma guesthouse para passar a noite.

Alimentação: Pequeno-almoço e almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 10Lago Branco

Seguimos viagem rumo ao sereno Lago Branco que, nesta altura do ano, estará completamente gelado. Este grande lago foi formado por ação vulcânica há milhares de anos, mas que ainda hoje é bem notória. Em seu redor observamos diversos vulcões extintos, sendo o mais evidente o vulcão Khorgo - um imponente cone vulcânico negro. Nas proximidades, encontramos ainda diversos túneis lávicos que atestam a origem do lago. É um lugar de grande tranquilidade, onde habitam famílias que se dedicam à pastorícia e, pelas condições do local, se instalaram aqui em permanência todo o ano, não tendo necessidade de mudar o acampamento. 

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 11Moron

Deixamos o Lago Branco e seguimos para norte por estradas ondulantes que percorrem a estepe mongol. A jornada é longa, mas muito compensatória pelas paisagens preservadas com que nos presenteia. Encontramos regularmente tradicionais gers espalhados ao longo das suaves colinas e vales que começam depois a dar lugar a um relevo mais pronunciado e ao surgimento de manchas de florestas de coníferas cobertas de neve. 

Ao final da tarde, regressamos por breves horas à civilização na cidade de Moron. Alojamo-nos num hotel local e vamos jantar a um dos poucos restaurantes da cidade.   

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 12Lago Khovsgol

De manhã, deixamos Moron em direção ao lago Khovsgol. O lago é uma gigante massa de água que contém cerca de 70% das reservas de água doce da Mongólia. Nesta altura estará gelado, embora não esteja já no pico da sua espessura. No inverno torna-se uma via de comunicação muito eficiente para os camiões que o usam como estrada para chegar à fronteira, que está acessível apenas no inverno.

Estamos já muito perto da fronteira com a Rússia e as proximidades culturais são tão notórias quanto as suas divergências. É um local de contrastes. Encontramos muitas casas de madeira e menos gers do que no sul da Mongólia. Há menos nómadas e mais xamãs, mas os cavalos, a pastorícia e o herói Gengis Khan são omnipresentes. Com chuvas mais abundantes nestes vales durante o verão, há mais floresta e pastos regulares durante todo o ano, permitindo que as populações se estabeleçam com mais facilidade. Estamos em plena paisagem de taiga e as encostas encontram-se forradas por uma floresta de coníferas revestida pelo branco da neve.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Ger

Dia 13Lago Khovsgol

Acordamos num ger na margem do lago gelado. Dependendo das condições, deverás poder caminhar à vontade sobre o gelo. Nesta altura do ano, por vezes encontramos pescadores, que abrem um buraco no gelo para poder aceder à água para pescar. Hoje não temos atividades programadas para que possas levar o dia ao teu ritmo, envolto nesta paisagem imponente. É um bom dia para descansar, passear pela margem do lago, andar a cavalo e fazer como os mongóis - deixar o tempo passar. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Ger

Dia 14Khutag Ondor

Temos pela frente um longo dia. Acordamos cedo e atiramo-nos à estrada para chegar a uma povoação próxima das montanhas de Khutag Ondor. Apesar de extenso, o dia vai presentear-nos com belas paisagens que vão ajudar a suavizar a jornada. 

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Guesthouse

Dia 15Mosteiro Amarbayasgalant

O mosteiro Amarbayasgalant data do século XVIII e situa-se num belo vale, próximo do rio Selenge, o maior rio da Mongólia. Não há estradas nem povoações à sua volta. É paradisíaco e foi escolhido para ser um refúgio de tranquilidade, num local idílico que apela à meditação. Esta zona, rodeada por montanhas, costuma estar coberta de neve todo o inverno até a uma primavera tardia.

Vamos conhecer o interior do mosteiro e ver o dia-a-dia dos monges que aqui habitam todo o ano. Antes da era soviética, viviam em Amarbayasgalant cerca de 800 monges. Atualmente, o número é muito mais reduzido, não chegando a uma centena, e são sobretudo jovens que mantêm viva esta herança imaterial budista, muito afastada do quotidiano mais comum de pessoas da mesma idade. Podem visitar o mundo exterior apenas duas vezes por ano e o acesso à internet e telemóveis no mosteiro é restrito. O mosteiro é Património Mundial da UNESCO e também faz parte dos votos dos monges trabalhar para preservar este património. 

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Ger

Dia 16Erdenet e Linha do Comboio Transiberiano

Pela manhã descobrimos Erdenet. A segunda maior cidade da Mongólia cresceu com a primeira era industrial do país, dependente da exploração de minério de ferro, cobre e carvão. Uma grande parte da sua população é russa, o que é bem notório nas ruas. Por aqui, é tão comum ouvir falar mongol como russo.

Depois de jantar, apanhamos o comboio que nos leva numa viagem noturna até Ulan Bator. Entramos na linha do transiberiano transmongol, a vertente do transiberiano que atravessa a Mongólia rumo a Pequim. O comboio que apanhamos é local, não vem da Rússia, uma vez que só os passageiros que partem do interior da Rússia podem apanhar o comboio internacional. Isso significa que vamos viajar na companhia dos locais, os mongóis que se deslocam entre cidades. O comboio é antigo, mas confortável e bem aquecido, e dispõe de camas e casas de banho na classe onde viajamos.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Comboio

Dia 17Ulan Bator

Chegamos a Ulan Bator bem cedo pela manhã. Este dia é dedicado à visita à capital mongol, que se deverá encontrar vestida de inverno. Agora que conhecemos o país rural e a realidade da vida nómada, a cidade aparenta ser uma metrópole cosmopolita onde já nada parece faltar. Visitamos o mosteiro Gandam, o maior mosteiro budista do país e um dos poucos resistentes ao domínio soviético, que destruiu centenas de mosteiros e matou milhares de lamas budistas. Gandam é um local de resistência e importância simbólica  para o culto budista e para o legado da Mongólia, retomado e difundido em 1990. Depois de conheceres o dia-a-dia no interior do mosteiro, iremos também deambular pelas largas avenidas e pela praça central, e encontar abrigo nos ambientes aquecidos dos cafés da cidade. Vamos ainda ter tempo para espreitar o belo Templo de Lama Choijin, quase soterrado pelos altos edifícios do centro da capital, antes do nosso último jantar.

Alimentação: -
Dormida: Hotel

Dia 18Ulan Bator e Voo de Regresso

Chegou a altura de deixares a Mongólia, depois de mais de duas semanas envolvido nas suas tradições e histórias nesta época tão especial para os mongóis. De acordo com o horário do teu voo de regresso, o líder de viagem Nomad leva-te ao aeroporto para o teu regresso a casa. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: -

Inclui:

Acompanhamento do líder Nomad durante toda a viagem
Transfers de aeroporto (dentro das datas do programa)
Alojamento durante todo o programa
Transportes durante todo o programa

16 pequenos-almoços, 9 jantares e 4 almoços

Exclui:

Voos internacionais

Visto
Alimentação não especificada (cerca de 200€)

Entradas em monumentos
 (cerca de 10€)
Gratificações à equipa local (cerca de 30€)
Seguro pessoal

Atividades não especificadas
Extras pessoais

Perguntas Frequentes

  • Para fazer esta viagem preciso de visto?

    Não. Para viajantes com passaporte português, não é necessário visto para a Mongólia, por um período máximo de 30 dias. Apenas tens de levar o teu passaporte com uma validade mínima de seis meses após a data de fim da viagem. Esta isenção é válida até ao fim do ano de 2025.

  • Podem reservar-me noites extra no início e fim da viagem?

    A Nomad não reserva noites extra no início e/ou no fim da viagem mas podes fazê-lo diretamente nos mesmos alojamentos que temos previstos para a viagem. Depois da tua reserva estar confirmada, disponibilizamos as informações dos alojamentos nas Notas de Viagem (na tua Área Pessoal), para que possas realizar as reservas de noite extra de acordo com as tuas preferências. Estarão sempre sujeitas à disponibilidade dos alojamentos no momento em que efetues a reserva.

  • Como são os alojamentos durante a viagem?

    Escolhemos alojamentos bem localizados no centro das cidades e perto dos principais pontos de interesse, de forma a facilitar as deslocações previstas no programa. São alojamentos que respiram a atmosfera das povoações visitadas, caracterizados pelas marcas culturais da região, de forma a acentuar os contrastes que se podem sentir ao longo da viagem.

    Em algumas cidades onde esta viagem passa, usamos hotéis. Nas restantes noites, dormimos em gers, as yurts mongóis, também usadas noutros países da Ásia Central. São grandes tendas tradicionais que o povo mongol ainda hoje usa, altas e confortáveis, aquecidas por um característico fogão de sala e bem isoladas, para fazer face ao frio do rigoroso inverno que atinge a Mongólia. Na nossa viagem, em cada ger dormem normalmente cinco pessoas. Na maior parte não há banho disponível e as casas de banho são rústicas latrinas de fossa nas imediações. As instalações são básicas, mas os mongóis são muito cuidadosos com a limpeza, pelo que podes esperar boas condições de higiene. E são pessoas muito hospitaleiras, pelo que, dentro das suas possibilidades, vão certificar-se de que nada te faltará. Normalmente, não ficarás sem acesso a duche mais de três dias seguidos. Na noite passada em comboio, cada cabine tem quatro camas e em cada carruagem terás duas casas de banho ao teu dispor, mas sem duche. Há sempre água quente para fazer chá ou café e refeições instantâneas, que podem ser compradas na estação antes de embarcares ou no próprio comboio. Em Ulan Bator, usamos um hotel de três estrelas bem localizado com boas condições, de acordo com os padrões europeus, com casas de banho privativas e internet wireless. Os restantes hotéis da viagem são mais básicos, pois a oferta é muito limitada nas outras cidades do país. Nos hotéis, ficam duas pessoas por quarto ou, pontualmente, três pessoas. Nesses locais, terás acesso a internet através de cibercafés.

  • Como é a alimentação durante a viagem?

    Fora das cidades, a alimentação baseia-se essencialmente em carne de carneiro, cabra, camelo, iaque, vaca e por vezes cavalo, acompanhada de arroz ou massa. Há poucos alimentos frescos, com a exceção de tomate e pepino. Embora não seja abundante, conseguimos ter fruta diariamente. Nas cidades, a comida é mais diversificada, mas as opções de peixe são quase nulas. É possível fazer uma alimentação sem carne ao longo de toda a viagem, mas para isso terás que recorrer a enlatados.

  • Como vou gerir o dinheiro durante a viagem?

    A moeda usada na Mongólia é o tugrik. É em tugriks que vais fazer os pagamentos que precisares. Os cartões de crédito não têm aceitação generalizada, mas podes usá-los em alguns hotéis e restaurantes em Ulan Bator e também em algumas lojas. Podes levar o dinheiro que vais precisar em dólares ou euros, ou então levantar dinheiro em máquinas ATM em Ulan Bator com cartão de crédito, bem como nas principais cidades onde a viagem passa.

    Durante a viagem, alguma da alimentação não está incluída. Estimamos um valor de 100€ para o total de refeições que terás de fazer. Não estão também incluídas bebidas ou snacks que queiras fazer em algum local de paragem. O valor das entradas nos monumentos que visitamos também não estão incluídos. Conta com 10€ para este efeito.   

    Aconselhamos-te a levar um cartão Revolut ou outro do mesmo género. As principais vantagens são as taxas reduzidas ou inexistentes. Alegadamente, as taxas de câmbio são mais favoráveis do que as dos bancos tradicionais, por isso é uma excelente opção para poupares dinheiro em taxas durante a viagem.

    É conveniente levares contigo um fundo de emergência de cerca de 200€ em dinheiro. Pode servir se, por qualquer razão, não conseguires levantar dinheiro logo à chegada ou noutro local durante o percurso. Nesse caso, farás com facilidade a troca para a moeda local num banco ou numa casa de câmbios. As notas devem estar em boas condições - não leves notas com rasgões nem muito gastas. 

  • Como é o acesso à eletricidade na viagem?

    Em Ulan Bator e nas principais cidades, há wi-fi nos hotéis, cafés e restaurantes, mas o acesso à internet nem sempre é muito rápido. Há também uma boa cobertura de 3G nas cidades. Podes comprar facilmente um cartão de telemóvel local, se quiseres. Já não é muito habitual encontrar cibercafés. A rede de telemóvel está disponível em quase todo o país, embora não de forma contínua. Será raro o dia sem rede de telemóvel, mas é provável que não haja ao longo de todo o dia. Fora das cidades, não estaremos mais de três dias sem eletricidade. No entanto, pode haver poucas tomadas disponíveis, uma rede fraca ou mesmo falhas de fornecimento de eletricidade. Como tal, leva contigo um power bank ou baterias adicionais, se não quiseres ficar sem bateria no telemóvel ou máquina fotográfica.

  • Como são os transportes durante a viagem?

    Numa grande parte da viagem, usamos robustas carrinhas 4x4 de construção soviética. Foram concebidas com a durabilidade em mente, não tanto com o conforto, mas são o veículo ideal para percorrer as estradas de terra da Mongólia. Têm capacidade para transpor obstáculos ainda mais duros do que os que vamos enfrentar e uma capacidade de carga para transportar tudo o que precisamos para sermos auto-suficientes em viagem. Embora robustas, uma avaria é sempre possível em qualquer lugar, ainda mais quando as características do terreno são tão duras como na Mongólia. Os condutores têm amplos conhecimentos de mecânica, mas há problemas que os ultrapassam e podem ter que aguardar pelo apoio de outro veículo para prosseguir. Em Ulan Bator deslocamo-nos maioritariamente a pé, mas podemos pontualmente recorrer a táxis ou autocarros locais.

  • Como é o clima durante a viagem?

    Localizada no coração da Ásia Central, a Mongólia caracteriza-se por um clima marcadamente continental. Longos e gélidos invernos (-30ºC em janeiro) contrastam com os curtos, mas bastante quentes verões (30ºC em Agosto). A Mongólia é, portanto, um dos países com maior amplitude térmica do planeta.

    Nas nossas edições invernais (de Dezembro a Abril), conta com temperaturas que podem atingir os -20ºC de mínima. Mas, sendo final do inverno, é uma época de transição de estações, pelo que as temperaturas podem variar muito ao longo da viagem. Os ventos também são frequentes nesta época do ano. O terreno estará nevado e os lagos gelados, mas é uma altura em que não se regista muita precipitação e, embora possa nevar, os céus azuis costumam dominar os dias.

    Nas edições de verão (de Junho a Outubro), prepara-te para temperaturas que podem variar dos -5ºC aos 30ºC. A maioria dos dias serão de sol, mas poderá sempre chover no verão, que é a época de maior precipitação no país.

  • Esta viagem exige cuidados de saúde especiais?

    Para esta viagem, não existe qualquer recomendação quanto a vacinas ou medidas de prevenção de doenças. 

    Caso pretendas realizar uma Consulta de Viajante para uma avaliação médica personalizada, deverás fazê-la um a dois meses antes da viagem. 
    Podes realizar esta consulta através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por telemedicina ou em hospitais/clínicas privadas:

    • Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a Consulta de Viajante e vacinação em vários pontos do país. Para saberes mais, consulta a lista completa dos centros de saúde aqui (na secção Portugal | Centros de Vacinação Internacional) e informação geral sobre este serviço aqui. A marcação antecipada (mais de dois meses) é particularmente importante se escolheres fazer pelo SNS.
    • orientação médica em telemedicina é uma alternativa eficaz e cómoda. A Nomad recomenda a Consulta do Viajante em Telemedicina, que tem na sua equipa médicos que são também viajantes e que entendem a nossa maneira de ver o mundo e as necessidades inerentes a uma viagem aventura. Por viajares com a Nomad, tens a possibilidade de usufruir de uma redução de 10% no valor da tua consulta.
    • Vários hospitais privados oferecem este serviço aos viajantes. Com uma simples pesquisa online, poderás encontrar o mais próximo da tua área de residência.

    Pessoas com doenças crónicas ou antecedentes de doenças cardiovasculares e/ou respiratórias, deverão sempre consultar o seu médico e informar previamente a Nomad (na Área Pessoal poderás adicionar esta informação). Caso tenhas necessidade de viajar com algum medicamento, nomeadamente medicação crónica ou menos comum, leva contigo uma cópia da prescrição médica. 

  • Com quem vou partilhar a minha viagem? Como são os viajantes Nomad?

    Os viajantes Nomad têm todos um grande interesse comum: as viagens. É uma evidência, mas indica imediatamente que são pessoas curiosas, ativas, com gosto por conhecer, explorar e, sobretudo, encontrar uma visão diferente e uma atitude sustentável em relação aos lugares que visitam ou que percorrem. Como de uma característica de espírito se trata, é natural que seja transversal a qualquer faixa etária dos 20 aos 80 anos, e independente dos cargos ou estatutos que se possam ter na vida profissional. São pessoas que procuram a aventura e a descoberta e, por isso, têm uma atitude descontraída face aos imprevistos que possam surgir e preferem o contacto com os costumes locais ao conforto burguês das cadeias internacionais de hotéis ou restaurantes. São, sobretudo, pessoas que se inscrevem a maior parte das vezes de forma individual, e que esperam levar, no fim de cada viagem, a recordação de momentos inesquecíveis entre um grupo de novos amigos.

  • O grupo viaja em conjunto desde Portugal?

    Não. Nas nossas viagens, o ponto de encontro é sempre no destino. Assim tens a flexibilidade de escolher o horário de voo que mais te agradar.

  • Podem reservar-me os voos internacionais?

    A Nomad não dispõe do serviço de reserva de voos. O voo não está incluído no preço da viagem, para que possas ter a flexibilidade de escolher onde queres comprar o voo e de onde queres partir. 

    Se quiseres comprar os bilhetes de avião através de uma agência, recomendamos que recorras aos nossos parceiros Rotas do Mundo. Nos dias de hoje, a oferta online de ferramentas de pesquisa e marcação de voos internacionais é imensa, por isso poderás também optar por reservar os voos de forma independente. Se for o caso, sugerimos que consultes motores de busca como o Google Flights e a Momondo, que te apresentam várias soluções com diferentes itinerários, a preços competitivos.

    Lembramos que só deves comprar os bilhetes de avião quando a viagem estiver confirmada, ou seja, quando estiver garantido o número mínimo de participantes para a mesma se realizar. Se decidires inscrever-te na viagem, receberás um email assim que isso aconteça, com a indicação de que já podes proceder à reserva dos voos.

  • Se os voos são marcados de forma individual, como é que se faz a reunião do grupo à chegada?

    A marcação dos voos é da responsabilidade dos viajantes. No entanto, vamos pedir-te os detalhes da tua reserva e os horários de chegada. Esta informação será transmitida ao Líder de Viagem, Guia de Trekking ou à nossa equipa local.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o aeroporto de chegada e a Nomad assegura os transfers (nas datas do programa), o líder/guia/equipa local vai estar à tua espera no aeroporto para te levar para junto do resto do grupo.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o nosso alojamento da primeira noite, vamos fornecer antecipadamente informação sobre como podes efetuar a marcação dos transfers de acordo com os horários dos teus voos. O líder/guia/equipa local irá combinar com o grupo a hora de reunião no primeiro dia.

  • Posso inscrever-me sozinho? Isso acarreta algum custo adicional ao valor da viagem?

    Podes. A maior parte dos nossos viajantes viaja sozinho, sem qualquer alteração ao preço.

Resumo de viagem

Destinos

Mongólia

Atividades

Descoberta cultural

Dormida

Comboio: 1 noite, Ger: 10 noites, Guesthouse: 2 noites, Hotel: 4 noites

Transportes

Carrinha e Comboio

Reservas

Min: 7 | Max: 11

Voo não incluído

Valor indicativo: 1300€

Testemunhos

A Mongólia era a minha viagem de eleição há mais de 15 anos. A Nomad proporcionou-me a sua concretização de forma esplendorosa, em virtude do país e das pessoas com quem tive o privilégio de viajar.
Alcino C.
Esta viagem foi muito mais do que eu poderia esperar! Vimos a Mongólia da forma pura que é. Será para sempre uma das viagens da minha vida, por mais voltas que dê ao mundo! Aconselho vivamente a todos os que adoram a simplicidade e o genuíno.
Leonor F.
A Mongólia é exatamente como eu esperava - um país colossal onde os dias parecem imensos e a vida corre como há séculos corria. Onde a enormidade da natureza se sobrepõe ao resto, tornando o país arrebatador. Uma viagem extraordinária.
Susana C.