Os Povos das Filipinas
TERRITÓRIO PONTUADO POR ILHAS REMOTAS E UM SEM-FIM DE TERRAÇOS DE ARROZ QUE ENCARAM OS CÉUS COMO ANFITEATROS, AS FILIPINAS CONQUISTAM-NOS PELA DIVERSIDADE DE POVOS E PAISAGENS. DOS KALINGA AOS IFUGAOS DA CORDILHEIRA FILIPINA, DOS PESCADORES IVATAN AOS ESKAYA DE BOHOL, ESTA É UMA AVENTURA PELA RESILIÊNCIA DAS CULTURAS QUE HABITAM ESTE ARQUIPÉLAGO.
Numa cultura rica em tradições e uma geografia singular, exploramos na grande ilha de Luzon os povos das montanhas. Os míticos rituais fúnebres de Sagada, as histórias vivas das Mambabatok em Kalinga e as aldeias remotas de Ifugao. Caminhamos por desafiantes trilhos, atravessando florestas e socalcos de arroz milenares. Mais a norte, no arquipélago isolado de Batanes, partilhamos o quotidiano dos pescadores Ivatan. A sul, aprendemos uma língua com escrita própria, preservada pelo povo Eskaya, e navegamos até Camiguin para descobrir as profundezas do mar e as memórias de uma etnia extinta. Esta é uma viagem que transcende lugares-comuns, convida à reflexão sobre a história e as tradições, e nos leva a percorrer a biodiversidade de um arquipélago com mais de sete mil ilhas.
Impacto cultural
Partilhamos muitos dias com comunidades locais neste vasto arquipélago, com costumes bastante diferentes aos que estás habituado. Existem mais de 100 grupos étnicos nas Filipinas com tradições muito distintas entre si.Esforço físico
O foco da viagem é o contacto com as comunidades locais. No entanto, esta viagem é exigente fisicamente, uma vez que obriga a longas caminhadas - a mais longa com cerca de sete horas. Três dias da viagem são dedicados a percorrer trilhos montanhosos que nos levam a remotas povoações.Nível de conforto
Pernoitamos duas noites em aldeias isoladas nas montanhas, especialmente durante as caminhadas, onde dormimos em guesthouses com condições básicas. O alojamento nas cidades é confortável. A sensação de humidade, o calor e os insetos são constantes ao longo da viagem.
30 nov a 18 dez 2025
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Percurso
Dia 1Chegada a Manila
À chegada, o líder de viagem Nomad vai estar à tua espera no Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, em Manila, para te dar as boas-vindas. Mediante a hora de chegada do teu voo, poderás dar um passeio, sem pressas, para sentir o pulso da capital filipina. Os contrastes são imediatos: edifícios modernos ao lado de igrejas coloniais, jeepneys coloridos a cruzar avenidas largas, aromas da comida de rua no ar e o calor húmido. Deixa que o ritmo caótico e vibrante desta metrópole asiática se entranhe a pouco e pouco.
Alimentação: -
Dormida: Hotel
Dia 2Manila
O ditado “Manila passou 400 anos num convento e 50 em Hollywood” ilustra bem os contrastes da capital das Filipinas — um país profundamente marcado pela herança católica espanhola e pela influência cultural dos Estados Unidos, hoje o país com maior população católica da Ásia. A cada esquina, os tons pastel dos edifícios hispânicos rivalizam com as cores vibrantes dos arranha-céus que desenham o horizonte desta megacidade asiática.
Começamos a nossa aventura a explorar o berço de Manila — o bairro de Intramuros. Invadido por piratas chineses e corsários holandeses, cercado por galeões ingleses, e tomado por americanos e japoneses em diferentes momentos da história, Intramuros espelha a multiculturalidade do país. Deambulamos por entre edifícios monumentais, deliciamo-nos com a gastronomia local nas bancas de comida de rua e perdemo-nos no vasto Parque Rizal.
Já de noite, rumamos a norte, num autocarro que nos conduz até Vigan — uma das mais antigas cidades coloniais do país.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Autocarro
Dia 3Vigan
Chegamos pela manhã à cidade de Vigan, na província de lloros Sur, situada nas margens do Mar da China e ao longo do rio Mestizo. Foi desde sempre um porto de chegada de grandes navios mercantes - austronésios, árabes, indianos, chineses e japoneses.
Fundada em 1572, Vigan é uma das cidades coloniais mais antigas das Filipinas. Nos tempos espanhóis foi um grande centro político, militar, cultural e religioso. Hoje, o centro histórico de Vigan, classificado como património mundial da UNESCO, é um dos poucos lugares nas Filipinas que mantém a traça colonial original, uma vez que não foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial.
Exploramos a cidade a partir da Plaza Salcedo, entre a história da arquitetura colonial, o orgulho dos artesãos locais nas tradições que mantêm vivas e um delicioso cheiro a empanadas.
Alimentação: -
Dormida: Hotel
Dia 4Viagem para Sagada
De manhã, partimos rumo à Cordillera, o coração tribal do norte. A viagem, feita de carrinha, revela a paisagem rural das Filipinas, das aldeias paradas no tempo aos campos agrícolas que se estendem à beira da estrada.
Paramos em Bontoc, a antiga capital da província da cordilheira, onde visitamos o museu da cultura Ifugao. Este é o primeiro mergulho na história e nas tradições dos mais de 100 grupos étnicos das Filipinas. Entre fotografias antigas, trajes cerimoniais, instrumentos agrícolas e réplicas de habitações tribais, começamos a compreender o universo cultural que vamos encontrar nos próximos dias.
Seguimos depois montanha acima, por entre curvas apertadas e vistas abertas sobre os vales, até chegarmos a Sagada. Aqui encara-nos o misticismo das montanhas, onde se escondem comunidades indígenas que adoram deuses primitivos e mantêm rituais seculares.
Aproveitamos o final da tarde para descontrair nesta vila, onde ainda prevalece a atmosfera dos anos 70, vestígios do tempo em que foi ocupada por artistas e intelectuais filipinos, exilados da ditadura de Marcos.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse
Dia 5Sagada
Hoje, aventuramo-nos verdadeiramente pelas montanhas filipinas. Conhecida pelo seu intrincado sistema de grutas e canais subterrâneos, esta região é habitada pelo povo Applai.
Começamos a manhã no mundo subterrâneo, debaixo da verdejante floresta, onde encontramos um novo e misterioso ecossistema: um vasto e intricado sistema de grutas. Percorremos os seus canais num percurso repleto de adrenalina que nos leva à gruta de Sumaging. Pelo caminho, surpreendem-nos as incríveis formações rochosas.
De volta à luz, percorremos o místico Echo Valley, onde na verticalidade da montanha nos deparamos com caixões pendurados na face das rochas. Dita a crença local que a proximidade à montanha, tal como a elevação em direção aos céus, facilita a libertação dos espíritos. As cordas aparentemente frágeis, que envolvem os caixões, representam a ligação entre os mundos físico e espiritual. Uma crença milenar que continua a moldar a existência em Sagada e nos demonstra os simbolismos que os Applai atribuem à morte e à memória.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse
Dia 6Tinglayan - Kalinga
Madrugamos ao som do chilrear que ecoa no vale e rompe a madrugada. Deixamos a tranquilidade de Sagada para explorar Kalinga, a província vizinha conhecida pelas suas tribos guerreiras.
A bordo de um colorido jeepney, atacamos a vertiginosa Mountain Trail, uma das estradas mais cénicas do país. À medida que subimos, a densa floresta tropical dá lugar a belos terraços de arroz arquitetados ao longo de séculos pelos agricultores locais. Saímos do jeepney para um autocarro que nos deixa no início de um trilho. O percurso até Luplupa é muito curto, mas dá-nos oportunidade de pisar caminhos invulgares e descobrir recantos inexplorados. São poucos os viajantes que chegam a esta remota aldeia no coração das Filipinas. Acompanhados pelo Francis, descobrimos os rituais locais e as histórias que tem para contar - muitas sobre o passado da província e das inúmeras guerras tribais que a marcaram.
Aventuramo-nos por trilhos à descoberta de algumas aldeias vizinhas, com vista privilegiada para os arrozais. Aqui, conhecemos a história das últimas Mambabatok, tatuadoras tradicionais da região de Kalinga que, noutros tempos, tatuavam os temidos guerreiros caçadores de cabeças e mulheres tribais. Uma conversa que revela a autenticidade deste povo e dos seus costumes.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse
Dia 7Viagem para Banaue
Inspirados pelas tradições ancestrais de Luplupa, despedimo-nos da província de Kalinga. Novamente a bordo dos animados jeepney, percorremos as estradas montanhosas da Cordillera Filipina até à cidade de Banaue, na província de Ifugao.
Aproveitamos a tarde para relaxar e recuperar energias nesta povoação bucólica, que amanhã é dia de partimos à descoberta das desafiantes caminhadas pelos trilhos de Ifugao.
Alimentação: -
Dormida: Hotel
Dia 8Caminhada Trilhos de Ifugao
Colocamos em pequenas mochilas o indispensável para passar uma noite e partimos para uma caminhada de dois dias pelos trilhos que ligam as aldeias de Ifugao.
Neste primeiro dia, espera-nos uma longa caminhada, de cerca de quatro horas. Começamos a caminhar ao longo de uma densa floresta tropical que desemboca nos majestosos terraços de arroz desta região, um dos grandes ícones das Filipinas. Escavados na montanha há 2000 anos - Escadaria para o Céu, como são conhecidos entre os Ifugaos -, oferecem-nos uma visão inesquecível que nos acompanha ao longo destes dias.
Na pequena comunidade de Cambulo, somos recebidos pela população local e aproveitamos ao almoço a sua envolvência serena para repor as energias. Pela tarde, voltamos ao trilho rumo a Batad. Numa caminhada curta, com cerca de três horas, mas desafiante devido às íngremes subidas, impressionamo-nos uma vez mais com os socalcos que compõem os campos de arroz.
Chegamos ao centro da aldeia a tempo do pôr do sol. Da janela dos nossos quartos, apreciamos os campos de arroz de Batad, considerados Património Mundial pela UNESCO, e admiramos o reflexo dourado do sol no verde a perder de vista.
Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Guesthouse
Dia 9Caminhada Trilhos de Ifugao
Despertamos em Batad, ao som dos animais e das crianças a brincar. A simplicidade da vida das tribos de Ifugao, juntamente com as suas crenças, fascina qualquer visitante de terras distantes, como nós.
De manhã, se ainda restarem algumas energias, voltamos aos campos de arroz em direção à cascata Tappiya. Numa sequência de passos decididos e labirintos de cultivo, a visão da água em queda na paisagem indica o caminho. Subimos de novo ao centro da aldeia, onde nos espera um almoço sobre os terraços de arroz de Batad.
Depois de nos despedirmos dos nossos anfitriões, voltamos ao caminho, serpenteando o rio, a floresta e pequenas aldeias — serão cerca de três horas de caminhada. No final do trilho, um jeepney estará à nossa espera para nos levar até Bangaan, uma aldeia aninhada entre os arrozais, também ela considerada Património Mundial pela UNESCO.
Daqui, regressamos à cidade de Banaue, onde aproveitamos o resto do dia para descansar e recuperar as energias destes dias intensos a percorrer os trilhos de Ifugao.
Alimentação: Pequeno-almoço e almoço
Dormida: Hotel
Dia 10Clark
Regressamos à estrada, desta vez para rumar a sul, em direção a Clark. Entre 1903 e 1991, Clark foi uma importante base da Força Aérea Americana. A influência norte-americana na cidade é, ainda hoje, bastante evidente. Aproveitamos o tempo em Clark para descansar e recordar os momentos passados nas montanhas.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel
Dia 11Ilhas Batanes
É tempo de voar. Sobrevoamos pela primeira vez a ilha de Luzon, para aterrar no isolado arquipélago de Batanes, casa do resiliente e acolhedor povo Ivatan, com as suas pitorescas casas de pedra.
Aterramos em Batan, depois de nos instalarmos partimos a pé para explorar a parte norte da ilha. Esta caminhada dará uma noção da dimensão da ilha. Primeiro visitamos a capela de Tukon onde poderemos apreciar a arquitetura tradicional Ivatan e onde teremos uma panorâmica sobre ambos os lados da ilha. Seguimos depois até à Fundação Pacita, onde almoçámos e pudemos conhecer a casa e o trabalho de Pacita Alban, uma pintora Ivatan, que tem um largo reconhecimento internacional.
Mais adiante, exploramos os icónicos túneis de Dipnaysupuan, usados pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Pelo caminho, assistimos ao quotidiano local, cruzando-nos com os locais nos campos de cultivo.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse
Dia 12Ilhas Batanes
Levantamo-nos novamente com os primeiros raios de sol. Desta vez partimos até Ivana, numa viagem de carrinha por entre cenários verdejantes e caminhos que parecem fazer fronteira com o mar, que surge como um vislumbre a cada curva. Daí, apanhamos um barco que nos leva à ilha de Sabtang, um lugar onde a cultura e arquitetura Ivatan continuam intactas.
Percorremos as aldeias históricas da ilha à boleia de um triciclo motorizado. Como numa viagem no tempo, somos seduzidos pelas casas de corais com telhados de palha que pontuam as verdes montanhas. É dito que a robustez das pedras que formam as paredes serve de escudo contra as tempestades de chuva que varrem a região.
Rendidos aos ritmos insulares, travámos diálogos simples com os ivatanes que se cruzam connosco pelo caminho e apreciamos a agilidade dos pescadores a manobrar as redes utilizando o método tradicional do arquipélago Batanes.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel
Dia 13Ilhas Batanes
Pela manhã, deixamos a pequena cidade de Basco e lançamo-nos a explorar o sul de Batan. Para descobrirmos o quotidiano de uma ilha rural, montamos bicicletas e fazemos um circuito longo, mas encantador, pelas aldeias, que nos ocupa o dia inteiro. Pedalamos por entre povoações, praias de areia branca, abrigos piscatórios e colinas verdes e acastanhadas repletas de búfalos de água que vivem livremente.
Despedimo-nos das Batanes à medida que o sol se coloca no mar e nos aproximamos de Basco, a principal cidade do arquipélago. Esta noite, celebramos as descobertas das ilhas mais remotas das Filipinas com um jantar tradicional ivatan.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse
Dia 14Viagem para a Ilha Bohol
Deixamos para trás as ilhas Batanes e regressamos aos céus filipinos. Na viagem rumo a sul, sobrevoamos novamente Luzon, a maior ilha do arquipélago, e avistamos um mar rendilhado de azul, salpicado por dezenas de ilhas, algumas inabitadas. É impossível não sentir a vastidão deste país insular, feito de mais de 7000 ilhas, onde a terra e o mar coexistem em permanente movimento. Entre voos e esperas (com escala em Manila), o dia é dedicado à viagem.
Ao final da tarde, aterramos em Bohol, no coração das Visayas — a região onde, em 1521, Fernão de Magalhães chegou pela primeira vez às Filipinas durante a sua expedição de circum-navegação. A sua presença foi um marco da colonização europeia no arquipélago e deixou marcas profundas na história e na identidade deste país. Nos próximos dias, vamos explorar a ilha à procura dos vestígios mais antigos da sua cultura ancestral.
Seguimos por estradas costeiras até ao interior da ilha, onde o rio Loboc serpenteia pela floresta tropical. Aqui, o ambiente muda — a vegetação é densa, o ar mais pesado, e os sons da floresta substituem os ventos do norte. Depois da longa viagem, há tempo para um mergulho no rio ou simplesmente para deixar o corpo adaptar-se a este novo ambiente.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel
Dia 15Ilha Bohol
Acordamos lentamente rodeados pela vegetação luxuriante do rio Loboc. Terás tempo livre para um passeio de barco até às cascatas ou para descansar nas margens do rio.
Mais tarde, voltamos à estrada para explorarmos as montanhas da ilha, numa viagem que nos leva ao encontro do povo Eskaya. Os Eskaya preservam não só a sua língua própria — uma escrita silábica única — como também reúnem mitos, história e práticas sociais. Recebidos pelo povo na aldeia de Taytay vamos com eles aprender um pouco desta língua e conhecer as suas tradições à volta da mesa.
No regresso, cruzamos os arrozais, pequenas povoações e mercados de frutas e legumes. Ao entardecer chegamos às Chocolate Hills - a paisagem mais icónica da ilha. Segundo a lenda local, estas colinas verdes nasceram das lágrimas de um gigante — uma explicação tão poética quanto o cenário que se coloca diante de nós.
Alimentação: Pequeno-almoço e almoço
Dormida: Hotel
Dia 16Ferry para ilha Camiguin
É tempo de despedirmo-nos de Bohol. Espera-nos a última ilha desta epopeia - Camiguin.
Depois de tantos dias em transportes tão diversos, embarcamos num ferry para atravessar o mar de Bohol. Durante séculos, estas travessias foram a única ligação entre os diferentes povos das Filipinas — aliás, ainda hoje muitas ilhas permanecem acessíveis apenas por barco.
A travessia será de cinco horas. Descansa com o embalo das ondas, conversa com os passageiros a bordo, não deixes escapar o aproximar lento da ilha Camiguin e o majestoso pôr do sol no horizonte.
Chegamos com a noite a Camiguin. Situada ao largo de Mindanao, esta ilha marca a entrada numa nova região das Filipinas, onde o território e as tradições abrem-nos um novo capítulo desta travessia.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel
Dia 17Ilha Camiguin e Ilha Mantigue
“A ilha nascida do fogo” assim é apelidada Camiguin. Moldada por sete vulcões, esta pequena e longínqua ilha viu o seu povo originário instalar-se entre a floresta densa e o mar. A chegada dos espanhóis no século XVI e, mais tarde, a erupção do Mt. Vulcan, em 1871, marcaram profundamente a sua história. Nos tempos que correm, são poucos os vestígios visíveis da cultura Camiguin.
Partimos pela manhã, num jeepney, para dar a volta à ilha em busca de sinais dos povos que por aqui passaram. Na primeira paragem conhecemos as ruínas da igreja de Guiob. Acompanhados por um guia local, escutamos a história deste lugar — um edifício em pedra coral, parcialmente soterrado pela erupção, hoje tomado pela vegetação.
Navegamos depois até à inabitada ilha Mantigue. Areia branca, águas cristalinas e recifes protegidos, este é o lugar perfeito para bronzear, mergulhar e observar a vida marinha - peixes multicores, corais bem preservados e, com alguma sorte, tartarugas.
De volta a Camiguin, preparamos um piquenique entre mangais, no parque Katunggan, e aproveitamos o tempo para mais um mergulho. À tarde, subimos às montanhas, onde a floresta luxuriante leva-nos ao âmago da ilha onde se encontram as cascatas Katibawasan e Tuasan. Diz-se que estas águas nasceram das lágrimas de uma deusa que chorava a separação entre o mar e a montanha — uma história que continua viva nas memórias da ilha.
Fechamos o dia junto ao mar, num descanso merecido, observando a noite chegar.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: hotel
Dia 18Ilha Camiguin e Ilha Branca
Hoje, a manhã é livre - podes dedicar-te à arte de chapinhar e bronzear. Se queres mais aventura, podes ainda descobrir recantos da ilha em mota, explorar os trilhos em torno do vulcão Hibok-Hibok ou aventurar-te no mundo subaquático, há várias opções para mergulho ou snorkeling.
Juntamo-nos para um almoço junto ao mar, num lugar de encontro dos habitantes da ilha. Se a maré o permitir, podemos experimentar as águas termais de Tangub. Durante a tarde, já no porto, embarcamos num pequeno barco que nos levará até à ilha Branca. Este banco de areia surge e desaparece com as marés, rodeado por águas rasas, cristalinas e com vista privilegiada para os vulcões de Camiguin. É a última descoberta desta viagem pelas Filipinas, por isso passamos o final do dia a desfrutar do mar e a observar os pescadores a recolher as redes.
Num brinde final, celebramos as aventuras vividas ao longo de sete ilhas — uma pequena parte deste vasto arquipélago que continua a guardar milhares de mundos por descobrir.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel
Dia 19Ilha Camiguin e Voo de Regresso
Chegou o momento das despedidas. O líder de viagem Nomad acompanha-te ao aeroporto, de acordo com o horário do teu voo de regresso a casa. Conta com uma longa jornada, onde terás tempo para revisitar todas as memórias desta aventura, de norte a sul.
Revelamos-te apenas uma pequena parte deste vasto país que conta com milhares de ilhas, paisagens distintas e culturas vivas. Muito fica ainda por explorar por isso recomendamos-te a prolongar a tua estadia por Camiguin para explorar as profundezas do mar ou aproveitar para desbravar novas ilhas.
Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: -
Inclui:
Acompanhamento do líder Nomad durante toda a viagemTransfers de aeroporto (dentro das datas do programa)
Alojamento durante todo o programa
Transportes durante todo o programa, incluindo 3 voos internos
15 pequenos-almoços, 3 almoços e 1 jantar
Entradas nas Reservas Naturais
Guias locais
Exclui:
Voos internacionaisAlimentação não especificada (cerca de 25€ por dia)
Seguro pessoal
Atividades não especificadas
Extras pessoais
Perguntas Frequentes
Para fazer esta viagem preciso de visto?
Não. Para viajantes com passaporte português, não é necessário visto para as Filipinas, para estadias até 30 dias. Apenas tens de levar o teu passaporte com uma validade mínima de seis meses após a data de fim da viagem.
Podem reservar-me noites extra no início e fim da viagem?
A Nomad não reserva noites extra no início e/ou no fim da viagem mas podes fazê-lo diretamente nos mesmos alojamentos que temos previstos para a viagem. Depois da tua reserva estar confirmada, disponibilizamos as informações dos alojamentos nas Notas de Viagem (na tua Área Pessoal), para que possas realizar as reservas de noite extra de acordo com as tuas preferências. Estarão sempre sujeitas à disponibilidade dos alojamentos no momento em que efetues a reserva.
Como são os alojamentos durante a viagem?
Escolhemos alojamentos bem localizados no centro das cidades e perto dos principais pontos de interesse, de forma a facilitar as deslocações previstas no programa. São alojamentos que respiram a atmosfera das povoações visitadas, caracterizados pelas marcas culturais da região, de forma a acentuar os contrastes que se podem sentir ao longo da viagem.
Nas cidades e vilas, ficamos alojados em hotéis ou guesthouses bem localizados, em quartos normalmente de duas camas, mas em alguns casos o grupo poderá ter que se dividir em quartos com cama dupla ou triplos. Normalmente a casa de banho é privativa, mas pode não estar assegurada em todos os locais. As casas de banho terão maioritariamente sanitários europeus, mas pontualmente poderão ser de tipo asiático.Devido ao isolamento, nas aldeias da Cordilheira Filipina (em Sagada, Kalinga e Ifugao), ficamos alojados em pequenas guesthouses de cariz familiar com condições básicas. Aqui, por existirem poucos quartos com duas camas, podemos ter de recorrer a quartos com uma cama de casal. Em Kalinga e Ifugao, as casas de banho são partilhadas.
Na viagem de autocarro noturno, os bancos são confortáveis e espaçosos, em que ficamos quase deitados. Em todo o caso, temos de nos lembrar que estamos nas Filipinas e as condições das estradas não são exatamente iguais aos padrões europeus, por isso podes ter dificuldade em dormir bem nessa noite. Nesta viagem haverá curtas paragens, apenas para usar a casa de banho e comprar comida.
Como é a alimentação durante a viagem?
A gastronomia filipina reflete a diversidade cultural do país, com influências malaias, chinesas, espanholas e americanas. Ao longo da viagem, experimentamos uma grande variedade de pratos, desde sopas e guisados tradicionais a grelhados simples e peixe fresco ou fumado. O arroz é presença constante nas refeições e muitos pratos são preparados com vegetais locais e carne de porco ou frango. Bebemos água de coco e provamos alguns doces tradicionais como por exemplo a bebinca filipina.
Ao longo da viagem temos uma grande variedade de experiências. Provamos comida de rua, exploramos as cores e os cheiros nos mercados, em regiões rurais teremos refeições caseiras, nas grandes cidades elegemos alguns restaurantes tradicionais de forma criteriosa.
Nos dias que viajamos em Kalinga e Ifugao, as refeições são mais básicas e menos variadas, preparadas por famílias locais, com base naquilo que está disponível sazonalmente.Existem opções vegetarianas ao longo da viagem, mas a escolha é mais limitada e pouco variada.
Como vou gerir o dinheiro durante a viagem?
A moeda usada nas Filipinas é o peso filipino (PHP). Os pagamentos realizados durante a viagem serão nesta moeda. Os cartões de crédito Visa têm aceitação na maioria dos hotéis e restaurantes nas cidades. As máquinas ATM estão disponíveis em várias regiões, em especial nas cidades, mas as taxas de levantamento são elevadas (cerca de 5€ por levantamento). Recomendamos que leves dinheiro (euros) para trocar numa casa de câmbio à chegada a Manila. Existem várias casas de câmbio nas imediações do hotel, o líder Nomad dará todas as indicações necessárias.
Durante o programa não está incluída muita da alimentação da viagem. Não estão ainda incluídas água e outras bebidas, nem algum snack que queiras fazer num local de paragem. Estimamos para a alimentação não incluída um valor de cerca de 25€ por dia.
Aconselhamos-te a levar um cartão Revolut ou outro do mesmo género. As principais vantagens são as taxas reduzidas ou inexistentes. Alegadamente, as taxas de câmbio são mais favoráveis do que as dos bancos tradicionais, por isso é uma excelente opção para poupares dinheiro em taxas durante a viagem.
É conveniente levares um fundo de emergência de 200€ em dinheiro. Pode servir se, por qualquer razão, não conseguires levantar dinheiro logo à chegada ou noutro local durante o percurso. Nesse caso, farás com facilidade a troca para a moeda local num banco ou numa casa de câmbios.
Como é o acesso à eletricidade durante a viagem?
Nas cidades principais, há wi-fi nos hotéis, restaurantes e cafés, mas o acesso à internet nem sempre é muito rápido e pode ter falhas. Há também uma boa cobertura de 4G nas cidades.
Recomendamos a compra de um cartão SIM local à chegada ao aeroporto de Manila. A operadora Globe costuma oferecer melhor cobertura nas regiões que visitamos. Durante as caminhadas nas montanhas da Cordilheira Filipina e nas ilhas Batanes, o sinal de rede é muito limitado. No entanto, os alojamentos onde pernoitamos costumam ter acesso a wi-fi.
Todos os alojamentos têm eletricidade, no entanto pode haver poucas tomadas disponíveis. Como tal, aconselhamos-te a levar uma pequena ficha tripla. Geralmente encontramos tomadas Tipo C mas podemos também encontrar em alguns lugares tomadas Tipo A e B, portanto deves levar contigo um adaptador ou adquirir um à chegada.
Como são os transportes durante a viagem?
Recorremos a um leque muito alargado de meios de transporte, alguns deles com limitações de bagagem (peso e dimensão), por isso recomendamos ter uma especial atenção na escolha da bagagem.
Temos três longas viagens pelas estradas da ilha de Luzon. Uma viagem noturna num autocarro confortável e com assentos reclináveis - duração cerca de 8 horas. Entre Vigan - Sagada e Bananue - Clarck recorremos a uma carrinha privada, com pouco espaço para bagagem - recomendamos mochila máxima de 50L. Ambas duram cerca de 7 horas.Realizamos três voos nesta viagem rumo a regiões mais remotas das Filipinas. A primeira viagem entre Clarck e Basco com duração de 1 hora. A segunda viagem entre Basco e Bohol, com escala em Manila. Neste último, no total serão cerca de 8 horas de viagem. Neste voo está incluída a bagagem - peso máximo de 10kg.
Realizamos ainda deslocações de ferry, pequenos barcos, triciclo motorizado, tuk-tuk e de bicicleta. Nas cidades, deslocamo-nos principalmente a pé ou recorrendo a táxis e os característicos jeepneys.Como é o clima durante a viagem?
As Filipinas têm um clima tropical — quente e húmido — marcado por duas estações principais: a seca e a das monções. Entre dezembro e abril, viajamos durante a estação seca, mas as variações climáticas são frequentes, sobretudo nas regiões montanhosas e nas ilhas do norte.
Na Cordilheira Filipina, as temperaturas são amenas: rondam os 25 °C durante o dia e os 15 °C à noite. A precipitação é mais provável nesta zona, o que pode deixar os trilhos lamacentos e escorregadios.
No arquipélago de Batanes, os dias são suaves, mas o clima é mais instável — com possibilidade de ventos fortes e chuva. Embora a época seja favorável, alterações súbitas na meteorologia podem afetar alguns transportes.
Nas regiões mais baixas, como Manila, Vigan e nas ilhas do sul, o clima é mais estável e quente, com temperaturas acima dos 25°C durante o dia e cerca de 20°C à noite.
Os meses mais quentes e secos vão de março a maio, com temperaturas máximas de 35 °C e mínimas de 20 °C.
Não tenho experiência de longas caminhadas. Esta viagem é para mim?
Esta viagem está ao alcance de todos os que gostem de caminhar e estejam motivados para percorrer uma paisagem pouco explorada, dormindo em aldeias remotas e com condições básicas. Em alguns momentos, terás de empenhar alguma perseverança, mas os dias são descontraídos e tranquilos. Tem em consideração o cansaço e desconforto de caminhar numa área tropical onde o calor, a humidade, a chuva e a presença de insetos fará parte da experiência.
Nos dois dias pelos trilhos de Ifugao, caminhamos no primeiro dia cerca de seis horas e no segundo dia cerca de quatro horas, em terrenos por vezes inclinados e lamacentos, carregando apenas uma mochila (idealmente de 30L) com os pertences individuais e comida (muda de roupa, toalha, chinelos, impermeável, snacks e 2L de água).
Esta viagem exige cuidados de saúde especiais?
Para esta viagem, não existe qualquer recomendação quanto a vacinas ou medidas de prevenção de doenças.
Caso pretendas realizar uma Consulta de Viajante para uma avaliação médica personalizada, deverás fazê-la um a dois meses antes da viagem.
Podes realizar esta consulta através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por telemedicina ou em hospitais/clínicas privadas:- O Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a Consulta de Viajante e vacinação em vários pontos do país. Para saberes mais, consulta a lista completa dos centros de saúde aqui (na secção Portugal | Centros de Vacinação Internacional) e informação geral sobre este serviço aqui. A marcação antecipada (mais de dois meses) é particularmente importante se escolheres fazer pelo SNS.
- A orientação médica em telemedicina é uma alternativa eficaz e cómoda. A Nomad recomenda a Consulta do Viajante em Telemedicina, que tem na sua equipa médicos que são também viajantes e que entendem a nossa maneira de ver o mundo e as necessidades inerentes a uma viagem aventura. Por viajares com a Nomad, tens a possibilidade de usufruir de uma redução de 10% no valor da tua consulta.
- Vários hospitais privados oferecem este serviço aos viajantes. Com uma simples pesquisa online, poderás encontrar o mais próximo da tua área de residência.
Pessoas com doenças crónicas ou antecedentes de doenças cardiovasculares e/ou respiratórias, deverão sempre consultar o seu médico e informar previamente a Nomad (na Área Pessoal poderás adicionar esta informação). Caso tenhas necessidade de viajar com algum medicamento, nomeadamente medicação crónica ou menos comum, leva contigo uma cópia da prescrição médica.
Com quem vou partilhar a minha viagem? Como são os viajantes Nomad?
Os viajantes Nomad têm todos um grande interesse comum: as viagens. É uma evidência, mas indica imediatamente que são pessoas curiosas, ativas, com gosto por conhecer, explorar e, sobretudo, encontrar uma visão diferente e uma atitude sustentável em relação aos lugares que visitam ou que percorrem. Como de uma característica de espírito se trata, é natural que seja transversal a qualquer faixa etária dos 20 aos 80 anos, e independente dos cargos ou estatutos que se possam ter na vida profissional. São pessoas que procuram a aventura e a descoberta e, por isso, têm uma atitude descontraída face aos imprevistos que possam surgir e preferem o contacto com os costumes locais ao conforto burguês das cadeias internacionais de hotéis ou restaurantes. São, sobretudo, pessoas que se inscrevem a maior parte das vezes de forma individual, e que esperam levar, no fim de cada viagem, a recordação de momentos inesquecíveis entre um grupo de novos amigos.
O grupo viaja em conjunto desde Portugal?
Não. Nas nossas viagens, o ponto de encontro é sempre no destino. Assim tens a flexibilidade de escolher o horário de voo que mais te agradar.
Podem reservar-me os voos internacionais?
A Nomad não dispõe do serviço de reserva de voos. O voo não está incluído no preço da viagem, para que possas ter a flexibilidade de escolher onde queres comprar o voo e de onde queres partir.
Se quiseres comprar os bilhetes de avião através de uma agência, recomendamos que recorras aos nossos parceiros Rotas do Mundo. Nos dias de hoje, a oferta online de ferramentas de pesquisa e marcação de voos internacionais é imensa, por isso poderás também optar por reservar os voos de forma independente. Se for o caso, sugerimos que consultes motores de busca como o Google Flights e a Momondo, que te apresentam várias soluções com diferentes itinerários, a preços competitivos.
Lembramos que só deves comprar os bilhetes de avião quando a viagem estiver confirmada, ou seja, quando estiver garantido o número mínimo de participantes para a mesma se realizar. Se decidires inscrever-te na viagem, receberás um email assim que isso aconteça, com a indicação de que já podes proceder à reserva dos voos.
Se os voos são marcados de forma individual, como é que se faz a reunião do grupo à chegada?
A marcação dos voos é da responsabilidade dos viajantes. No entanto, vamos pedir-te os detalhes da tua reserva e os horários de chegada. Esta informação será transmitida ao Líder de Viagem, Guia de Trekking ou à nossa equipa local.
Em viagens onde o ponto de encontro é o aeroporto de chegada e a Nomad assegura os transfers (nas datas do programa), o líder/guia/equipa local vai estar à tua espera no aeroporto para te levar para junto do resto do grupo.
Em viagens onde o ponto de encontro é o nosso alojamento da primeira noite, vamos fornecer antecipadamente informação sobre como podes efetuar a marcação dos transfers de acordo com os horários dos teus voos. O líder/guia/equipa local irá combinar com o grupo a hora de reunião no primeiro dia.
Posso inscrever-me sozinho? Isso acarreta algum custo adicional ao valor da viagem?
Podes. A maior parte dos nossos viajantes viaja sozinho, sem qualquer alteração ao preço.
Resumo de viagem
Destinos
Filipinas
Atividades
Bicicleta, Caminhada, Descoberta cultural
Dormida
Guesthouse: 7 noites, Hotel: 10 noites, Autocarro: 1 noite
Transportes
Autocarro, Avião, Barco, Bicicleta, Carrinha, Jeepney, Ferry, Tuk-tuk
Reservas
Min: 6 | Max: 10
Voo não incluído
Valor indicativo: 1000€